domingo, 3 de outubro de 2010

QUE OUTONO É ESTE

são penas caídas

espalhadas no chão

são rostos da vida

que morrem em vão

despidas das árvores

sem folhas sem folhos

ficam na nudez

no pranto dos olhos

erguidos fantasmas

crepúsculo outonal

no rubro da espera

que atento seduz

ganha-se outra luz

tão só e mais triste

nas sombras em vão

perdidas na cor

espalhadas no chão...

são penas caídas

tolhidas no tempo

deste tempo, são

mágoas aquecidas

tão só acrescidas

no meu coração

isabelmonteiro

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