quinta-feira, 30 de setembro de 2010


Leva-me então amor, chama por mim

a espera é tão longa quero estar contigo

Foram-se as flores e os bancos no jardim

Lembras-te? Dos lagos das pombas...Tudo tão florido!


Aguarela nos meus olhos a caber-me inda agora

nos passos desacertados que o coração levava em mão

e havia um céu na terra ardente e a nossa hora

era como bagagem na alma escondida, uma intenção


Revejo-me no quadro. Tento agarrar esse calor brando

Que as tuas mãos à minha volta apertavam como se o sol

Farto do céu azul num incentivo dado, aos dois falando...


Sorriso de tanta coisa à volta que a palavra acorda

brandamente no meu adormecer inquieto, errando

Amarga é a saudade que em tão alta nuvem mora...



Isabel Ribeiro Monteiro

30/09/2010



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