quinta-feira, 8 de abril de 2010

>DESPEDIDA >

Falam lenços agitados
aos nossos olhos molhados
entre tanta comoção
lenços erguidos perdidos
trazem na sua mensagem
invernos de liberdade
ilusões esperanças mágoas
a este cais da saudade

cais deserto cais sombrio

frágeis tiras de papel
em estranho festival
nas velas soltas ao vento

murmúrio já vem do mar
num suspiro vertical
cerca o silêncio do tempo

segue o navio para o mar
em rasgos de liberdade...
distante longe do tempo
vislumbro ainda a partida
no cais da minha saudade.

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