segunda-feira, 14 de setembro de 2009

UM ADEUS AO MEU QUERIDO IRMÃO GÉMEO JOÃO FILIPE
Um breve e grande interregno da alma!
O momento é de silêncio e de enorme tristeza! Faltam as palavras e não há palavras para dizer o que tão profundamente se sente. Não se podem nem devem inventar palavras quando se esgotam à partida por um motivo funesto que é o dessa viagem sem regresso. É assim a morte, vil e traiçoeira, silenciosa e brutal. Tudo acaba no momento em que surge. O luto no preto ganha aos nossos olhos um certo conforto e um distanciamento das coisas banais. A vida paralisa os gestos e a vontade de caminhar. A Saudade instala-se revestida de uma dor que se pensa impossível, porque a viver das recordações. São assim os primeiros tempos. Inconformação, desalento choro até às lágrimas ou a vontade de gritar. Também a raiva por aquilo que se não fez, entremezes que a vida tece. E a grande vontade de tudo voltar a ser como era dantes! As recordações felizes começam a desfilar a nosso bel-prazer, e nesse regresso da morte, as ilusões dos dias felizes acompanham-nos e desfilam numa cinética tão movimentada e colorida e numa entoação tão real que nos confunde e conforta por longos momentos. Uma morte recente aconteceu. A do meu querido irmão gémeo, João Filipe. Cortou-se finalmente o cordão umbilical que tão fortemente nos unia. E nem sequer tive tempo de lhe dizer adeus! Só depois e já na sua fronte incrivelmente gelada lhe deixei um beijo da minha ternura e devoção que durante toda a vida me mereceu. E te rogo também meu querido e adorado mano..."se lá no assento etéreo onde subiste/ memórias desta vida te consente..." Que a vida para além da morte seja uma VERDADE! Beijo-te onde quer que estejas. A tua inseparável irmã a tua gémea " ó grande Bé" ...

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