
Hoje o meu regresso a África. À paisagem africana. Encosto-me melhor a estas palmeiras mesmo com os cocos a cairem-me em cima ( no meio do mato eram os macacos que gostavam de brincar à batatada! E atiravam com força e com gritinhos histéricos de malvadez...) Olhando o mar e o pôr-do
-sol único , no Índico... os caminhos poeirentos do mato as picadas as longas distâncias como na aventura das ará...bias onde nos metíamos com mil e tal kilómetros de lonjura para encurtar saudades. Daquela vez para visitarmos uma minha irmã e cunhado. Do Chinde a Nampula!!!! Com horas de "chova" quando nos surpreendia a chuva torrencial no caminho e o jeep se enterrava!...Todos nós chovávamos o carro com os auxiliares africanos e descaços quando os ténis os deixavam de ser... Mas chegávamos. Por vezes irreconhecíveis!
Venho de longe, irmã
Dar-te um abraço de perto
Afastei nuvens dispersas
trago-te paz de momento
no tormento das guerrilhas
Trago na voz do poeta
a imensidão das florestas,
o colorido africano
Trago-te sol dos caminhos
trago-te um país de música
no matiz do arco-iris
ao sol pôr
trago anjos em fila
com trombetas e clarins
tocando hinos de amor
Oiço a tua voz, irmã gemer de espanto
Espelho são teus olhos, lágrimas e pranto
bem triste foi a hora que chegou
Conheço o mapa, Irmã, conheço a história
(...)
Poesia longínqua nesta noite quente
poesia bem triste, débil como um fio
deixei-a na estrada, deitei-a ao rio
Aqui estou sem nada1Ver mais