Leva-me então amor, chama por mim
a espera é tão longa quero estar contigo
Foram-se as flores e os bancos no jardim
Lembras-te? Dos lagos das pombas...Tudo tão florido!
Aguarela nos meus olhos a caber-me inda agora
nos passos desacertados que o coração levava em mão
e havia um céu na terra ardente e a nossa hora
era como bagagem na alma escondida, uma intenção
Revejo-me no quadro. Tento agarrar esse calor brando
Que as tuas mãos à minha volta apertavam como se o sol
Farto do céu azul num incentivo dado, aos dois falando...
Sorriso de tanta coisa à volta que a palavra acorda
brandamente no meu adormecer inquieto, errando
Amarga é a saudade que em tão alta nuvem mora...
Isabel Ribeiro Monteiro
30/09/2010
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